Caracterização Geotectónica

Caracterizacao_Geotectonica

O Concelho de Odivelas, desde a Pontinha até à Póvoa de Santo Adrião, passando pela cidade de Odivelas e Olival Basto, é formado por uma extensa planície de inundação, ou várzea, tornando-a muito propicia à agricultura, algo comprovado ao longo da história pela existência de algumas quintas e terrenos de cultivo. Em contraste, o restante território é formado por serras separadas entre si por vales.


De acordo com a folha 417 da Carta Geológica da Área Metropolitana de Lisboa (escala 1:25 000, 1993), as principais unidades lito-estratigráficas que afloram no concelho de Odivelas são as seguintes: 

Formações Sedimentares do Cretácico, constituídas essencialmente por calcários do Mesozóico (Formações da Bica, de Caneças, de Rodízio, de Cresmina, de Regatão, e de Ribamar e de Ribeira de Ilhas);

Complexo Vulcânico de Lisboa, datada do Eocénico (composto por níveis de piroclastos, escoadas basálticas e paleosolos);

Formação de Benfica, do Oligocénico (composta por níveis de arenitos argilosos, argilas e margas argilosas de cor avermelhada);

Aluviões (compostas por depósitos sedimentares heterogéneos recentes). 


Além disso, em alguns locais do concelho, encontram-se aterros de algumas dimensões, compostos por depósitos de materiais proveniência diversa, resultantes de ação humana.


Vê-se assim que as unidades geológicas aflorantes no Concelho de Odivelas datam desde o Mesozoico (Formações Sedimentares do Cretácico) até à atualidade (aluviões e aterros). 


Do ponto de vista tectónico, o concelho está inserido no anticlinal de Caneças, com uma orientação NE-SW, existindo a presença de algumas falhas, como a falha de Caneças (orientação N-S) e a falha de Montemor (orientação NW-SE). 



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A atividade sísmica em Portugal Continental é considerada moderada. A sismicidade é caracterizada pela ocorrência frequente de sismos de pequena a média magnitude, e pela ocorrência esporádica de sismos de magnitude moderada a forte. Estes sismos podem ter origem no mar ou em falhas distantes (fontes afastadas) ou podem ter origem em falhas mais próximas ou locais (fontes próximas). Exemplos de fontes afastadas são as estruturas submarinas a SW do Cabo de S. Vicente enquanto exemplos de fontes próximas, para o Concelho de Odivelas, são as falhas existentes no Vale Inferior do Tejo. Consequentemente, o Concelho de Odivelas apresenta um risco sísmico moderado tendo sido muito afetado pelo terramoto de 1 de Novembro de 1755 (sismo afastado), assim como pelo sismo de Benavente que ocorreu em 23 de Abril de 1909 (sismo próximo).

Considerando todas as fontes sísmicas, um estudo recente (Teves-Costa etal., 2019) estima uma intensidade macrossísmica máxima de IX para as fontes afastadas e de VII para as fontes próximas no concelho de Odivelas.

Para mais informações sobre a actividade sísmica em Portugal, assim como sobre as escalas macrossísmicas, pode consultar-se a página internet do Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA).

No caso de um sismo, existem medidas de autoproteção que podemos adotar antes, durante e depois da sua ocorrência. Antes de um abalo sísmico podemos preparar uma mala com bens essenciais (água, alimentos enlatados, estojo de emergência, etc) e também preparar a nossa casa, por exemplo, fixando os móveis mais pesados às paredes. Durante um sismo devemos manter a calma, se estivermos na rua devemos afastar-nos de edifícios e objetos que possam cair e se estivermos em casa temos que encontrar um local seguro, ajoelhar-nos e proteger a cabeça e os olhos com as mãos. Após o acontecimento, tem que se contar com possíveis réplicas, cortar o gás, a eletricidade e a água se estivermos em casa e no caso de nos encontrarmos na rua, não devemos ir para casa e convém estar-se afastado das praias, pois pode ocorrer um tsunami. Estes são alguns exemplos que se podem adotar, para mais informações aceder à página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Considerando todas as fontes sísmicas, um estudo recente (Teves-Costa etal., 2019) estima uma intensidade macrossísmica máxima de IX para as fontes afastadas e de VII para as fontes próximas no concelho de Odivelas.

Para mais informações sobre a actividade sísmica em Portugal, assim como sobre as escalas macrossísmicas, pode consultar-se a página internet do Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA).

No caso de um sismo, existem medidas de autoproteção que podemos adotar antes, durante e depois da sua ocorrência. Antes de um abalo sísmico podemos preparar uma mala com bens essenciais (água, alimentos enlatados, estojo de emergência, etc) e também preparar a nossa casa, por exemplo, fixando os móveis mais pesados às paredes. Durante um sismo devemos manter a calma, se estivermos na rua devemos afastar-nos de edifícios e objetos que possam cair e se estivermos em casa temos que encontrar um local seguro, ajoelhar-nos e proteger a cabeça e os olhos com as mãos. Após o acontecimento, tem que se contar com possíveis réplicas, cortar o gás, a eletricidade e a água se estivermos em casa e no caso de nos encontrarmos na rua, não devemos ir para casa e convém estar-se afastado das praias, pois pode ocorrer um tsunami. Estes são alguns exemplos que se podem adotar, para mais informações aceder à página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

REFERÊNCIAS:

Teves-Costa P, Batlló J, Matias L, Catita C.Jiménez MJ, García-Fernández M. Maximum intensity maps (MIM) for Portugal mainland. J Seismol (2019) 23:417–440. https://doi.org/10.1007/s10950-019-09814-5

https://www.cm-odivelas.pt/cmodivelas/uploads/document/file/249/4_1___caracterizacao_biofisica.pdf

https://www.cm-odivelas.pt/cmodivelas/uploads/document/file/255/4_1_1_pl31___planta_de_zonamento_geotecnico.pdf